sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Detalhes de fascínio


      Monica enlouqueceu de vez.
      O último desejo saciado foi com um turista misterioso, um rapaz místico e sedutor.
      Depois de longas noites de conversas ousadas, eles resolveram se encontrar.
      Uma longa caminhada só poderia dar bons frutos, pensou a jovem que foi tocada pelo estranho em plena luz do dia.
      O turista, não tão interessado quanto ela, decidiu alugar um quarto de hotel para ambos ficaram mais a vontades e foi isso que aconteceu.
      Os juvenis, que se desconheciam, ficaram tão a vontade que parecia que já haviam se conhecido em outras vidas. Após uma longa troca de prazer, eles ficaram deitados, um olhando para o outro - não era preciso mais nada, só o carinho com as mãos era o bastante, o suficiente.
      No dia seguinte, após o café matinal, a menina mulher resolveu acompanhar aquele rapaz que havia lido sua mão, conversado sobre assuntos que lhes interessavam, entendido um olhar de ternura e que teria de voltar para sua realidade, enquanto Monica só estava preocupada ou maravilhada (fascinada) com o que estava acontecendo dentro de sua cabeça ou o que estava para acontecer.
      Desde então, a garota naturalmente blasé não teve mais o simples apetite de antes, ela também sentiu vontade de rever o tal turista.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Queridinha da casa


Julieta Julieta,
Não olha assim!
Julieta Julieta,
Cadê o seu “ossin”?

Você encanta
E fascina
Julieta Julieta
Não gosta de vacina.

Cachorra marota
Cadela esperta
Julieta Julieta
Adora uma canela

Julieta Julieta
Uma gatinha,
Julieta Julieta
Uma gracinha!

A vida cor de rosa


Sinto-me solitária
É como estar no escuro sem vela;
Sonhar e não poder acordar
Leio um livro e não consigo terminar
Desenho e não consigo acabar de pintar.

Alguma coisa atormenta; algo incomoda
(Faz-me acordar desse pesadelo)
Bate na porta, mas não entra
Chama, mas não aparece
Levanta e mostra a vida cor de rosa nunca experimentada
Acorda e ensina-me a viver.

Sou morta viva agora
Ando, mas não saio do lugar
Abrem-se as portas e fecham-se as janelas
(Nada manifesta para mim)
A Planta que reguei não vive mais
E a rosa morreu de tristeza.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Início

     Desde muito pequena, Monica sempre soube que dentro de si havia um grande desejo oprimido.
     Aos seus 16 anos, depois de muito tentar ocultar este apetite, descobre que não existe fuga quando dois ou mais corpos se unem, a única coisa vinda de sua imaginação é conseguir uma maneira de saciar a sua libido, com o auxílio de outra pessoa ou não.
     Já aos 18 anos, descobre o que é ser mulher de fato, começa a se rotular como uma mulher insaciável no corpo de uma garota pura. Era sempre interpretada pelos demais como uma jovem virgem e santa, mas na verdade ela tinha se tornado uma louca, não só na cama como também na cachoeira, no pátio da escola, na varanda, no sofá, na pia da cozinha, no mar e no cinema.
     Monica agora deixa suas fantasias brotarem como suor durante um orgasmo, livres de qualquer julgamento.