Monica descobriu que tem medo. Talvez receio de se entregar, de receber o troco e de arriscar. Ela confunde arriscar com entregar; pode ser esse seu maior medo, viver.
Seria simples se todos os rapazes a olhassem, talvez isso até aconteça sem ela perceber. Na verdade, não sente falta de olhares, que em todos os lugares são inevitáveis, a ninfa sente uma coisa indescritível.
O tal turista misterioso foi ao seu encontro na rodoviária, seu apetite estava no fundo do lago e sua alma estava mergulhada na profunda solidão, sentia que faltava alguma coisa que ainda não descobriu o que é.
Apesar de sua sensação, eles se divertiram bastante na cidade do jovem estranho, que a esta altura já estava se tornando mais do que isso. Monica acreditou ter vivido um dia de aventuras, deixando-a cansada física e emocionalmente.
Voltando para sua casa, exausta, a menina mulher não parava de pensar no dia em passou com o juvenil atrevido e ficou ainda mais curiosa, querendo desvendar os seus sentimentos. Ela se conhece e sabe que se apega fácil, mas e o misterioso rapaz, que vem conversando há dias, o que deseja?
Um dia, quem sabe, a jovem desvenda os mistérios do turista e os seus, descobrindo assim um jeito de saciar não só sua libido, mas também seu vazio.