Ainda não tive coragem de jogar
os presentes que você me deu fora. Sou um pouco materialista, sentimentalista. São
desenhos, cartas e lembranças, memórias que eu posso esconder ou apenas guardar
dentro da minha caixa cerebral. Tem de tudo lá dentro, desde bilhete de cinema
a aliança de prata.
Procurei guardar de tudo, no começo, agora não sei
o que faço com as lembranças. Posso, relutando, jogar fora sem dou nem piedade,
posso dar para alguém que gosta de coisas bonitinhas ou, ainda, posso guardar
para ver se aproveito no futuro. Estranho, mas acho que tem como aproveitar toda
criatividade romântica alheia, afinal, foi dado a mim, agora tenho o direito de
fazer o que eu quiser, o fato é que não sei o que é melhor fazer.
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