sábado, 25 de fevereiro de 2012

Até quando?


E se eu não quiser ser a Monica?
Se não quiser me arriscar?
Vou poder chorar?
Eu vou sumir?
Vou aparecer e sumir?
Vou escurecer e sumir?
Vou crescer e sumir?
Vou emudecer?
Vou entristecer?
Vou adormecer?
Ou enlouquecer.

Cortemos este laço


Às vezes me sinto tão egoísta, por me sentir triste e insatisfeita em alguns momentos. Eu estou conseguindo alcançar meus objetivos pouco a pouco, mas sempre parece que há um imenso vazio dentro de mim, ainda não desvendei o mistério. É tão injusto, da minha parte, reclamar de coisas abstratas e complexas o bastante para me fazer acreditar que não são tão importantes assim. Tenho a consciência de que existem assuntos mais relevantes a serem tratados e resolvidos, seja por mim ou pessoas que gostam de mim. A vida é uma grande incógnita que me deixa descontente no mesmo instante que eu estou caminhando para o lugar que sempre quis. Quem está do meu lado? Não sei, talvez o meu ego, apenas.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Aprendendo com os peludos


Quem aceita a companhia de um cachorro abandonado?
Não bastam uns instantes, ele quer a sua atenção de fato.
Ele quer você olhando nos olhos e te ouvir.
Ele quer sua alegria para estabelecer um ninho.
O cão quer acreditar na companhia após momentos instantâneos.
Ele te quer a semana inteira.
Quer seu colo ou até te dar colo, lambendo sua cara.
Quer sorrir por inteiro pro sol e depois a língua te mostrar.
Quer atenção madura e carinho sem cessar.
Quero sorriso sem armadura e amor impar.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Tendência nova


Estou tão incomunicável no meio de tanto meio de comunicação
Sinto minha expressão oprimida com tanta empatia
O veículo condutor se transformou na minha prisão
Umas palavras más correspondidas
Podem ser agressivas
Quando não se explica a intenção
Cada pessoa assimila como bem entende
Sem se preocupar com o refrão
Por fim, acaba tudo uma chatice
Todo mundo achando uma bosta a inovação.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Aliança de prata


          Ainda não tive coragem de jogar os presentes que você me deu fora. Sou um pouco materialista, sentimentalista. São desenhos, cartas e lembranças, memórias que eu posso esconder ou apenas guardar dentro da minha caixa cerebral. Tem de tudo lá dentro, desde bilhete de cinema a aliança de prata.
           Procurei guardar de tudo, no começo, agora não sei o que faço com as lembranças. Posso, relutando, jogar fora sem dou nem piedade, posso dar para alguém que gosta de coisas bonitinhas ou, ainda, posso guardar para ver se aproveito no futuro. Estranho, mas acho que tem como aproveitar toda criatividade romântica alheia, afinal, foi dado a mim, agora tenho o direito de fazer o que eu quiser, o fato é que não sei o que é melhor fazer.

domingo, 2 de outubro de 2011

Querido artista


Não sei o que aconteceu.
Queria ter mandado um beijo, talvez apenas uma lembrança calorosa, nada leviano, queria que ela soubesse que eu senti falta dela e que, de alguma forma, eu pude sentir que éramos parecidas ou então só tinha “ido com sua cara”.
Também sentirei falta de você. Quando te conheci, fiquei um pouco “balançada” com seu jeito faceiro, mas depois que conheci sua companheira de vida e estrada, foi como se eu tivesse encontrado àqueles tios estranhamente legais com quem sempre quis conviver um dia.
Foram os melhores sábados de aprendizagem da minha vida, até agora. Espero revê-los em breve, em qualquer lugar, juntinhos, saudáveis e criativos.

Joaquina Bel’arte - 30/07/11

terça-feira, 26 de julho de 2011

Não quero fazer sentindo


Brincando com os sentimentos
Descubro que não sou brinquedo
Que não existe brincadeira no mundo
Que tudo se sente
Resta saber o que...
Fingimos ou nos iludimos fingir
Que não existem sentimentos
Quando nos bons momentos
É o que sempre vem à cabeça
Esquecendo os pensamentos
Que temos aos devaneios
Enganando-nos sobre o corpo
O qual faz falta nas noites frias
E também nas escuras e sombrias.