quinta-feira, 21 de abril de 2011

01:10


O sangue desceu para a cabeça que pensa
Não pude reclamar
Era o que queria desde que chegou
Mais algum pedido pra esta noite?
Queria o ato de fato
Simulação não é legal
Já que se tornou banal
Quero de verdade ao menos.

23:36


Isso
Muito mais do que aquilo
Vale a pena?
Imaginávamos outra questão
Até você chegar e mudar
O modo como pensávamos
E mais, mudou tudo aqui
Transformou tudo em mim
Tornou uma pessoa real
Agora não quero nada igual
Não quero desperdiçar meu tempo
Faço o que somente me interessa
Não preciso mais da pressa.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Ia



Seria hipocrisia minha
Se eu dissesse que não penso em você
Que não vivo mais e nem fico em paz.
Seria ironia minha
Se eu dissesse que não amo mais
Porque o amor só traz dores.
Seria sarcástico, da minha parte,
Dizer que não sofro mais
Porque não sou trouxa, ingênua e nem fraca.
Seria lamentável, da minha parte,
Se dissesse que não choro mais
Já chorei demais e agora tanto faz.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

De todas as coisas

O barulho que se faz é do barulho que se ouve
O som que se toca é do tom que se produz
A voz que escuta é do grito que se anuncia
A palavra falada não é a mesma que pronuncia

De todos, foi o melhor
Do tom, do som, do violão
A voz pode dizer muitas coisas:
Espero que você permaneça, não em vão

Os binóculos, meus sentimentos,
facilitam a enxergar
Os seus, talvez com telescópio
Eu consiga captar

Meus dedos continuam a apontar a lua,
O peito não parou de pulsar
E meus pés continuam perdidos pela rua.